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EU FUI: Intercâmbio em Buenos Aires – 2 semanas na Ecela Buenos Aires

Tem mais intercambista da Descubra o Mundo voltando de viagem! A Marcinéia Villela, de 47 anos, moradora São José dos Pinhais (PR), sentiu necessidade de investir no espanhol. Depois de pesquisar, ela optou por fazer um intercâmbio em Buenos Aires e passou duas semanas estudando na Ecela Buenos Aires. Aqui, ela disse o que gostou, o que não gostou e contou todos os detalhes da experiência!

Descubra a cidade: Buenos Fucking Aires!

Por que escolheu fazer um intercâmbio em Buenos Aires?

Porque estava muito curiosa para conhecer a cidade que tantos brasileiros comentam. Já conhecia Córdoba, mas não Buenos Aires. A curta distância também torna o destino atraente. Pesquisei entre Santiago, Montevidéu e B.A. Em Santiago, eu gastaria mais com alimentação e hospedagem. Em Montevidéu, seria legal, mas senti que ficaria sempre com aquela curiosidade sobre a capital argentina.

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O que você mais gostou e o que menos gostou em Buenos Aires?

O que mais gostei foi me sentir segura ao andar a noite por alguns bairros. Em minha cidade, isso não é possível. Também gostei do valor do metrô, que é barato. As linhas são curtas, mas atenderam muito bem às minhas necessidades: escola, casa, sightseeing. Gostei dos doces, biscoitos da Cachafaz e chocolates Milka por todos os lados!

Não gostei da falta de caráter dos comerciantes, taxistas e cambistas. Passar notas de dinheiro falso é coisa comum; ser “roubado” no troco também. Me aborreci muito com isso. O povo é safado e não sente vergonha de ser. Conseguir nota fiscal, só mesmo em mercado ou grandes lojas. Lamentável. Porém, o que mais chama atenção de todos os turistas é a quantidade de cocô de cachorro pelas ruas! É preciso andar olhando para o chão o tempo todo para não ter surpresas. Existem muitos cachorros sem donos, e os que têm donos, os mesmos não se preocupam em descartar a sujeira dos cães durante a caminhada.

Como é o transporte público de Buenos Aires?

O metrô de Buenos Aires tem um custo-benefício justo e funciona muito bem: 4,50 pesos por trajeto. Os principais lugares dentro da cidade tem acesso por alguma linha de metrô. Os ônibus são decentes. Há muitas linhas, preço acessível e um sistema de corrida em que você paga um valor dependendo do local que vai descer. Tem que dizer ao motorista onde está indo.

A tarifa mais cara fica em 3,50 pesos. Usei pouco ônibus, umas quatro vezes apenas. A demora não compensava a economia para onde eu ia todos os dias: de Palermo a Recoleta e vice-versa.

O que achou do custo de vida em Buenos Aires?

Achei o custo de vida em Buenos Aires é altíssimo. Conversei com alguns argentinos e o papo era o mesmo: vivem um momento de inflação muito alta, descontentamento com a política. Muitos brasileiros compartilharam a mesma opinião e decepção: nada é barato. Nos restaurantes, cobram uma taxa chamada cobierto, que ainda não é a gorjeta. Explicam que é para despesas de manutenção.

Felizmente, encontramos um restaurante por quilo de chineses, perto da escola: a salvação da pátria! Comida de todos os tipos e preço bom. Nos restaurantes de bairros centrais, qualquer refeição básica com refrigerante ou suco fica em torno de 100, 110 pesos. McDonald’s e BKing também nessa base. Subway é mais vantajoso: entre 35 e 50 pesos um lanche médio.

Os cafés oferecem combos, com bebidas e medialunas (croissant) ou empanadas, entre 40 e 65 pesos. Cozinhei bastante em casa, mas coisas práticas do tipo macarrão, hamburguer, porções de frango já assado, batatas. Como a carne de gado no país é excelente, até os hamburguers congelados baratos são muito melhores do que os do Brasil, inclusive os hamburguers de soja para vegetarianos. As maçãs são deliciosas e talvez sejam a única fruta acessível no inverno.

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O que você fazia no seu tempo livre?

As opções de lazer são variadas: cafés, museus, galerias, restaurantes, pubs, teatro, Porto Madero e até cemitérios. Eu andei bastante – afinal, a melhor forma de visitar pontos turísticos em uma cidade como B.A. é caminhando, pois várias atrações são próximas umas das outras. Mas conheci pouca coisa porque na primeira semana estava muito frio e ainda fiquei doente. Então, preferi ficar em casa estudando.

Gastronomia argentina: uma atração à parte
Porto Madero, Buenos Aires | Foto: Marcinéia Villela/arquivo pessoal
Porto Madero, Buenos Aires
Foto: Marcinéia Villela/arquivo pessoal

Estava muito frio em Buenos Aires, então?

Passei muito frio na primeira semana! Na segunda semana, estava um pouco mais quente. Dias lindos. Felizmente, só choveu um dia durante meu período por lá.

Quais pontos turísticos você recomenda?

Visitei alguns pontos turísticos e também igrejas e shoppings. Porto Madero foi o que mais gostei, também a flor gigante [Floralis Generica]. Não recomendo o Jardim Botânico nem o Obelisco. É decepcionante… Senti muito por não conhecer o Teatro Colón. É muito lindo por dentro.

Como é a vida noturna em Buenos Aires?

Os argentinos são boêmios, então todos os dias é possível encontrar opções de restaurantes, bares, baladas. No bairro Palermo, onde fiquei, é um paraíso de restaurantes e bares de todos os tipos e tamanhos. Lá, conheci um espaço vegetariano pequenino, mas excelente (Buenos Aires Verde) e um brasileiro (Boteco do Brasil). Infelizmente, não conheci o Abasto Grill, muito recomendado por alguns brasileiros que encontrei por lá. Fui no Café Tortoni (um must!) e não precisei esperar muito na fila porque fui no início da tarde, durante semana. É muito famoso e lotado. Convém ir durante a semana.

O que achou de estudar na Ecela Buenos Aires?

Fiz um curso de duas semanas (3h40 diárias) na Ecela Buenos Aires. Uma aula de gramática e uma aula de conversação todos os dias. Na primeira semana, o curso foi à tarde; e na segunda, foi de manhã. Estranhei esses horários. Nunca vi isso antes e não curti.

Por outro lado, a localização é muito boa, em Recoleta. Os funcionários são super simpáticos e prestativos. Gostei muito de três professores que tive. Uma única professora não era muito boa, era meio perdida.

A estrutura da escola é regular. Tem várias classes e um espaço legal para descanso, lanche, cantina. Não tem laboratório com computadores e algumas fotos da internet mentem. Existe um único computador e uma impressora para os alunos usarem. Nem todas as classes possuem CD-player e mapas. Então, às vezes os professores saem da sala para ir procurar isso nas salas dos outros.

Dicionário, cada um tem que levar o seu. Estranhei a falta de exercícios auditivos (listening) nas aulas de conversação. Só tivemos uma vez. A escola oferece atividades culturais, festas e passeios. Achei meio caro o que cobram. Algumas atividades foram gratuitas, que não pude ir.

O material poderia ser melhor. No geral, achei que a administração da escola não é excelente.

Qual é o perfil dos alunos da escola Ecela Buenos Aires?

A maioria dos estudantes da Ecela Buenos Aires tem entre 19 e 23 anos. Maioria de brasileiros e americanos. Vi somente dois ou três alunas da Europa.

Foto: arquivo pessoal
Turma da Ecela Buenos Aires
Foto: Marcinéia Villela/arquivo pessoal

Como você avalia o seu aprendizado?

Meu aprendizado foi ótimo. Meu espanhol melhorou muito porque a experiência da imersão funciona bem e porque eu estudei nas horas livres e fiz quase todas as tarefas. Também assisti muitos programas em espanhol na TV. Isso me ajudou demais.

Onde morou durante o intercâmbio?

Morei em um apartamento de dois quartos no bairro Palermo. O apartamento era espaçoso e bem equipado. Aluguei pelo site Airbnb.

Nos primeiros dias, dividi o apartamento com um casal do Chile. Depois foram embora e chegou uma francesa. Dividíamos o restante do apartamento: banheiro, sala, cozinha com lavanderia. Foi muito tranquilo.

E você gostou do apartamento? Recomenda essa opção?

Sim, gostei muito do bairro de Palermo e do tipo de acomodação. Recomendo esse tipo de moradia pelo Airbnb, que está sendo utilizado por muita gente, no mundo todo. É bom e barato. Por 16 dias paguei R$ 1.220,00.

Por que você quis fazer intercâmbio?

Preciso muito do idioma em meu trabalho, mas nunca gostei de espanhol. Por isso, não continuava os cursos que iniciava. Precisava de um choque de realidade “on-site”! Peguei gosto pelo idioma e até pela culinária. O que me motivou foi lembrar da experiência de imersão na Inglaterra anos atrás, onde aprendi o inglês e a cultura de forma eficiente e rápida.

O que você achou de fazer um intercâmbio de curta duração?

Foi muito bom. Infelizmente, minha agenda de férias não permitia mais. Foi positivo, como toda imersão em outro país deve ser, mas não recomendaria menos de duas semanas.

Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou em Buenos Aires?

O frio da primeira semana; não pretendo fazer esse tipo de programa em inverno novamente. Saúde: não estava 100% saudável quando fui, então as coisas diferentes que comi não me faziam bem.

Outra dificuldade foi em relação ao valor dos produtos: deveria ter pesquisado melhor sobre os preços atuais em B.A. Assim, poderia ter levado mais dinheiro e feito mais passeios. Também percebi que não é bom visitar a cidade em alta temporada. Uma dica é evitar Buenos Aires em feriados prolongados ou alta temporada. A cidade fica muito cheia (principalmente o metrô), os argentinos ficam irritados e os comerciantes impacientes (mais do que já são…) com a quantidade de brasileiros, porque brasileiro raramente deixa gorjetas.

Como foi o atendimento da agência Descubra o Mundo?

O atendimento da Descubra o Mundo foi excelente desde o princípio. Também quando tive um problema ao chegar na escola, o retorno foi rápido e me ajudou.

Você teve “receio” de fechar o intercâmbio com uma agência online?

Sim, acredito que a maioria das pessoas na minha faixa etária desconfia deste tipo de compra. Fiquei desconfiada por saber de tantos casos em que as pessoas “fogem” com o dinheiro dos clientes. Mas fiz uma pesquisa da empresa na internet; vi que estava tudo ok e resolvi arriscar. Felizmente, encontrei a agência e obtive a opção parcelamento no cartão. Estava quase fechando com a escola diretamente, mas sem a opção de parcelar.

Você recomendaria a agência a outras pessoas?

Com certeza. Porque é uma forma prática de atendimento e oferece a opção de parcelamento em cartão, com segurança. Só senti de não receber muitos detalhes sobre a escola antes de ir.

Escolhi a Ecela Buenos Aires porque uma amiga havia estudado na Ecela Peru, que é muito boa e, por isso, me recomendou. Mas, não recomendaria a unidade de Buenos Aires. A matriz deles no Chile com certeza tem uma administração mais séria.


Um intercâmbio em Buenos Aires pode ser um plano mais fácil de ser concretizado do que você imagina. Converse com a equipe da agência Descubra o Mundo, que te dará todas as orientações necessárias. Descubra Buenos Aires.

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