A Califórnia é uma caixinha de boas surpresas. Uma das mais célebres delas chama-se Highway 1 ou Pacific Coast Highway: a maior estrada costeira do estado e uma das mais famosas do mundo.

A Highway 1 da Califórnia tem nada menos que 730 km de extensão e mais de 30 pontes que separam San Francisco de Los Angeles. Você pode ir de avião, ou pisar no acelerador e concluir o trajeto em um único dia, mas isso seria praticamente um pecado. O caminho entre uma cidade e outra é cheio de belas paisagens, mirantes, cidadezinhas simpáticas, parques estaduais, restaurantes e pontos turísticos que valem a parada. Por isso, alugue um carro para apreciar com calma todas as curvas da Highway 1 – na Califórnia, os motoristas “de passagem” , como os intercambistas, não precisam ter carteira de habilitação internacional. A CHN brasileira é suficiente.

Algumas dicas importantes sobre a Highway 1, Califórnia – Esteja atento!

A primeira dica, e talvez a mais importante delas, é: abasteça o carro antes de começar a viagem. Há poucos postos de combustíveis na Pacific Coast Highway e os preços geralmente são mais caros que os de San Francisco, Los Angeles ou San Diego.

Falando nisso, o ideal mesmo é iniciar a viagem em San Francisco e descer. Dessa forma, o Oceano Pacífico estará a sua direita, do mesmo lado dos mirantes. Você pode encontrar um pouco de neblina, principalmente próximo a San Francisco. Por isso, a recomendação é pegar a Highway 1 por ali, depois das 11h da manhã. Confira também a previsão do tempo e tente fazer a viagem em dias ensolarados (algo não muito difícil na Califórnia). Não esqueça também de programar o GPS indicando as cidades costeiras que deseja passar. Se deixá-lo no “automático”, é bem provável que a rota seja encurtada. E aí, bye bye, melhores vistas!

O filé mignon da Highway 1, na Califórnia é o trecho entre Monterey-Carmel-Big Sur. São 70 quilômetros de tirar o fôlego. Reserve um tempo e pare em todas as cidades. Em Monterey, terra do Zorro, a atração é o fabuloso Monterey Bay Aquarium, o maior aquário dos Estados Unidos com mais de 7 mil animais marinhos. A cidade também é uma gracinha, cheia de restaurantes e vááárias lojas de doce.

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Entre Monterey e Carmel está a estradinha cênica 17-Mile Drive, que abraça a costa rochosa.  Esse percurso (cerca de 27 km) pode ser feito de bicicleta – a dica é acordar cedo e sair pedalando! No charmoso vilarejo de Carmel-by-the-Sea estão concentrados imóveis altamente valorizados. Restaurantes de ponta, vinícolas-butique e lojas arrumadinhas enchem os olhos dos visitantes. É uma espécie de Campos do Jordão californiano, que atrai endinheirados e fãs da combinação queijos & vinhos!

De Carmel em diante, seguindo rumo a LA depois da placa Point Lobos State Reserve, é difícil segurar o queixo. Ali está a região conhecida como Big Sur: não é uma cidade, nem um ponto no mapa. Alguns dizem que é apenas um “estado de espírito” ditado pela natureza esplêndida. O fato é que este trecho da Highway 1, Califórnia – é incrível, provavelmente o ponto alto da viagem. Você pode parar em Point Lobos, uma reserva fechada (e paga), de onde é possível ver leões-marinhos se esticando nas pedras ou nas areias. Atenção na estrada: a maioria das curvas está neste trecho.

Um pouco mais adiante, está o parque estadual Julia Pfeiffer Burns, que abriga um dos cartões postais da região: a cachoeira Mcway Creek. As águas da cachoeira despencam diretamente na areia da praia. Mas, em nome da preservação, não é permitido entrar nesse local – apenas observá-lo do mirante. A entrada da reserva é escondida. Por isso, estude direitinho o Google Maps para não ter erro.

Durante sua viagem pela Highway 1, Califórnia você também poderá se deparar, em meio a praias, rochas, sol e mar, com um castelo de 56 quartos e de mais de 8 mil metros quadrados de construção: o Hearst Castle, localizado na minúscula cidade de San Simeon. A propriedade pertenceu a William Randolph Hearst, um magnata da imprensa americana da década de 20. Tire um tempinho para o tour pelas dependências.

Seguindo pela Highway 1, chega-se a San Luis Obispo: bom lugar para abastecer o carro, comer e beber uma taça de algum dos melhores vinhos californianos. A cidade tem cerca de 90 vinícolas – praticamente toda a produção do estado. A região, quente durante o dia e fria à noite, favorece o crescimento de uvas. Gente jovem se encontra nos barzinhos e praças, pois é ali que fica a prestigiada California Polythechnic State University.

Depois de fazer a degustação (se beber, não dirija!), uma ideia é sair da estrada para conhecer a cidade de Solvang: uma mini Dinamarca no meio da Califórnia. A cidadezinha ainda conserva suas raízes vistas na arquitetura escandinava e nos pratos típicos oferecidos nos restaurantes.

De lá, siga até Santa Barbara. Dispensa comentários. Já falamos sobre ela aqui.

Voltando a Highway 1, Califórnia, você já estará próximo a Grande Los Angeles. Ali, não deixe de visitar Malibu e Santa Monica. Pare no famoso Píer de Santa Monica. Ali está uma das extremidades de outra estrada bastante famosa: a Route 66, que cruza parte do país. O píer de Santa Monica tem um parque de diversões (com aquela roda gigante clássica vista nos cartões postais), lojas e restaurantes.

Depois de passar por lá, a estrada não é mais a mesma. A calmaria é substituída quase que instantaneamente pela movimentação frenética de Los Angeles. Este trecho é demorado porque atravessa a região metropolitana – semáforos e trânsito fazem parte do trajeto. Tudo para você começar a sentir a atmosfera da segunda maior cidade dos Estados Unidos (tudo sobre LA aqui!).

Depois de Los Angeles, a cereja do bolo: San Diego. Parada mais que obrigatória. Entenda por que neste post.

Vale cada quilômetro rodado pela Pacific Coast Highway e cada suspiro gerado por ela. Por isso, quanto mais devagar, melhor. Descubra a Califórnia.

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