O amor realmente não tem fronteiras – nem liga para idiomas, raças e diferenças culturais. Prova disso é o estudo publicado pela Comissão Europeia, que mostrou que mais de 25% dos participantes do programa Erasmus conheceram seu parceiro enquanto estudavam fora. O resultado? O programa de intercâmbio é responsável pelo nascimento de 1 milhão de bebês!

33% dos ex-Erasmus têm hoje um parceiro de nacionalidade diferente. Os dados revelaram que as relações começaram no intercâmbio, ao fim dele ou durante outra viagem. Para comparar: apenas 13% dos europeus que não fizeram intercâmbio vivem a mesma situação.

Essa é a situação de Xavier, o personagem do filme francês L’Auberge Espagnole (O Albergue Espanhol), que casou com Wendy, uma britânica com quem dividiu o apartamento durante um intercâmbio em Barcelona.

O levantamento intitulado Erasmus Impact Study, baseado em entrevistas feitas em 34 países com mais de 88 mil estudantes, professores e empresários, também constatou que pessoas que estudaram no exterior são mais propensas a manterem relacionamentos a distância.

“O intercâmbio universitário Erasmus criou a primeira geração de jovens europeus. Eu chamo isso de revolução sexual: um jovem catalão conhece uma menina flamenca: eles se apaixonam, se casam, e se tornam europeus, assim como seus filhos.”

(Humberto Eco, escritor italiano, em entrevista ao jornal La Stampa)

Criado em 1987, o programa Erasmus estimula o intercâmbio entre estudantes europeus por meio de bolsas e auxílios financeiros – ao menos 3 milhões deles já tiveram a oportunidade de estudar em outro país. Atualmente, 10% dos universitários da União Europeia estudam ou recebem formação num país estrangeiro, com o apoio de meios públicos ou privados. A meta fixada pela UE é chegar em 20% até 2020.

Durante um intercâmbio na Europa, certamente você irá ter contato com alguns desses estudantes. E vai saber… Quem sabe também não se apaixona? Descubra o Mundo.