Miami dispensa apresentações, especialmente a nós, brasileiros, que somos a população que mais visita a cidade desde 2011. E para quem vai a trabalho, lazer ou estudar em Miami é impossível não sentir-se em casa: placas e cardápios têm tradução em português e em quase todos os comércios há funcionários paulistanos, cariocas, gaúchos, pernambucanos… Até mesmo os norte-americanos nativos têm um jeitinho alatinado.

Alguns dados básicos para os interessados em estudar em Miami: considerada uma das cidades mais jovens da América do Norte e é a segunda cidade mais populosa da Flórida (a primeira é Jacksonville) com cerca de 400 mil habitantes; é a única cidade do país emoldurada por dois parques nacionais, Everglades National Park, a oeste, e o Biscayne National Park, a leste; é também um dos mais importantes centros financeiros do país, concentrando grande parte dos negócios internacionais – principalmente aqueles estabelecidos com empresas latinas, já que é a cidade dos Estados Unidos mais próxima do continente. Toda essa proximidade, deixa os miamienses mais parecidos com os latino americanos. Tanto que existe algo chamado Miami time, que nada mais é do que aquele atrasinho típico aos compromissos que tanto conhecemos…

Mas para quem vai estudar em Miami, negócios e prazer andam juntos. Convenções, festas e eventos corporativos atraem mais de 12 milhões de visitantes anualmente que gastam aproximadamente 17,1 bilhões de dólares, mas o trabalho dentro de escolas e escritórios é recompensado do lado de fora: praias, compras e vida noturna.

Um mapa geral para os interessados em estudar em Miami

Começando pelas praias: Miami é banhada pelo Rio Miami que desagua no Oceano Atlântico. A poucos quilômetros do centro (Downtown) está Miami Beach. Trata-se de outra cidade, mas na prática, tudo é uma coisa só e a divisa é praticamente imperceptível. A faixa de areia mais concorrida e badalada é a da South Beach, onde garotos e garotas exibem corpitchos sarados e restaurantes, hotéis e bares enfileiram-se em frente ao mar. Também se destacam a Golden Beach (a preferida dos locais), a Haulover (que tem um trecho dedicado ao naturalismo) e Crandon Park Beach (espécie de “praia-parque”, com palmeiras, áreas de lazer e brinquedos infantis). Em qualquer uma delas, a areia é clara e o mar azulzíssimo. Assim como em outras cidades litorâneas, bebidas alcoólicas são proibidas na praia. E, para a alegria da maioria, aqui não há vendedores ambulantes, nem barraquinhas. Ou seja, leve seu lanchinho e a tranquilidade é garantida!

O clima tropicalíssimo garante praia o ano todo. O sol predomina e as temperaturas sobem ainda mais entre abril e setembro, quando podem alcançar os 35°C. No inverno, enquanto grande parte do país está congelando, os termômetros de lá ficam próximos aos 20°C (!) Esse clima gostoso atrai gente de todos os cantos para estudar em Miami, em busca do seu lugar ao sol!

Do calor para o ar condicionado

O segundo programa preferido de quem vai estudar em Miami, (depois das praias) são as compras. Paraíso no setor de eletroeletrônicos e das grandes grifes da moda, Miami tem um apelo tentador para o consumo. E preços extremamente convidativos.

Os melhores lugares para gastar ficam em Downtown e em Miami Beach. Em Downtown, estão as compras “inteligentes” (ou “BB”: bom e barato) devido à concentração de grandes lojas varejistas. Ao norte do centro, o Design District encanta com mobílias contemporâneas e tradicionais, revendas de antiguidades, galerias de arte e espaços inovadores. Em Miami Beach os produtos são mais diferentes e exclusivos. A Collins Avenue oferece centenas de lojas. Os sete quarteirões da Lincoln Road são outra opção para quem gosta de comprar ao ar livre. A rua, agradável e arborizada, é fechada para carros. As lojas da Washington Avenue também não costumam decepcionar. E caso a sua paixão seja moda, fuce butiques independentes e sofisticadas, nas avenidas e nas ruas laterais de South Beach.

Os estudantes shopaholics vão se divertir também nos outlets, que ficam mais afastados da cidade. Os mais conhecidos são o Sawgrass Mills, o Dolphin Mall, o Prime e o glamuroso (e caro) Village of Merrick Park. Bom, já deu para notar que quem gosta de vitrines não fica entediado em Miami: entretenimento garantido por anos!

A cidade é rotulada também como a mais festeira dos Estados Unidos, cujas baladas bombam all night long. Diferentemente de outros lugares, aqui a noite não têm hora para acabar, mas têm lugar certo: a praia. Invariavelmente, as festas se estendem até as areias.

Os melhores bares e baladas estão em Miami Beach, quase todos à beira-mar. No calçadão de South Beach, num trecho de 12 quarteirões ao longo da avenida Ocean Drive, tem de tudo: de jazz a hip-hop.

Lugares mais autênticos e ritmos latinos estão na Little Havana – bairro de influências cubanas. Difícil escolher um só lugar? Sem problemas. Durante o intercâmbio em Miami, você vai aprender rapidamente que a atividade preferida dos locais é o bar hoping: pular de bar em bar para aproveitar um pouquinho de tudo. Perfeito!

* Importante: Como no país inteiro, em Miami o consumo de bebida alcoólica só é permitido para maiores de 21 anos mediante apresentação de documento. A maioria das casas noturnas funciona até as 4h. Mulheres geralmente não pagam entrada.

E é bom lembrar para os estudantes que escolheram fazer intercâmbio em Miami que a cidade também é rica em cultura. Merecem atenção: o Pérez Art Museum (PAMM), com acervo moderno e contemporâneo; o Museum of Science, onde rolam exibições com animais vivos; e o Vizcaya Museum que é um palacete italiano transformado numa casa-museu. Os jardins (maravilhosos!) valem a visita.

No quesito galerias de arte, a cidade também é campeã. As mais procuradas ficam na Lincoln Avenue, reduto de grandes artistas das pinturas e esculturas. O artista brasileiro Romero Britto tem uma galeria na avenida, onde, além de apreciar as obras, você pode comprar lembrancinhas, livros e mini esculturas. Na mesma região, o Art Deco District traz uma vibe vintage, com mais de 800 prédios construídos no estilo arquitetônico Art Deco, dos anos 20. Se você vai estudar em Miami, mas quer ficar longe da badalação, em South Beach está o Wynwood Arts District – bairro alternativo de galpões abandonados que funcionam como galerias. As paredes grafitadas dão a sensação de estar em frente a enormes telas.

Programa imperdível durante o intercâmbio em Miami: no segundo sábado de cada mês, ocorre a Wyndwood Art Walk. As ruas são tomadas por food trucks descolados.

E como se deslocar em Miami? Por ser uma cidade bem “espalhada”, grande parte das pessoas têm e usa carros no dia a dia. Mas, dependendo do local onde você mora, estuda e trabalha, metrô e ônibus são mais do que suficientes. É só escolher uma acomodação próxima de onde irá estudar ou próxima a estações ou pontos de ônibus. Bairros como Brickell, Coconut Grove e, claro, Downtown são bem abastecidos de transporte público. O sistema conta com o Metrobus (ônibus), Metrorail (trem elevado) e Metromover (microonibus elevado e automático, sem motorista).

Falando de esportes, assim como em Boston e em Chicago, quatro equipes da cidade estão nas grandes ligas profissionais: Miami Dolphins, NFL, futebol americano; Florida Panthers, NHL, hóquei; Florida Marlins, MLB, beisebol; e, claro, Miami Heat, no basquete da NBA. Este último, especialmente, vale cada dólar pago no ingresso. Torcida animadíssima e um evento, como em qualquer jogo da NBA, que mais parece um espetáculo, com shows, performances e música.

Miami também tem ótimas escolas de idiomas, que atraem estudantes do mundo todo. Algumas são dentro das universidades e outras são franquias independentes. Há quem pense que não vale a pena estudar inglês em Miami por causa da presença de brasileiros e da grande influência latina. É verdade que muita gente fala espanhol, mas a nova geração de estrangeiros que mora aqui é completamente bilíngue e fala fluentemente inglês também. Por isso, o aprendizado depende essencialmente de você e da sua dedicação!

Dito isso, fica a pergunta: por que (não) fazer intercâmbio em Miami? Bom, a qualidade de vida é indiscutível, acentuada pelo estilo praiano da cidade e pela natureza ao redor. Para quem não se dá bem com o frio, aqui é o paraíso: clima agradável o ano todo. Em Miami, existem todas as qualidades de se viver em um país de primeiro mundo, sem abrir mão de conviver com um povo mais acolhedor, caloroso e relax. É o meio termo ideal entre as vantagens e oportunidades de morar nos Estados Unidos e certas características que amamos no Brasil.

Se esta é a sua praia. Escolha estudar em Miami.

O que você precisa saber antes de ir estudar em Miami

• É a cidade mais próxima de “nós”: as comunidades brasileira e latina estão em peso
• Clima tropical e temperaturas agradáveis, com cara de verão, o ano todo
• Além de ser uma cidade turística, é também um centro financeiro e comercial: muitas empresas têm sedes aqui
• O transporte público não é tão eficaz quanto em outras cidades. A dica é investir na boa localização!
• É proibido o consumo de bebidas alcoólicas nas praias

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O que os estudantes adoram em Miami

• O fato de ser considerada uma das cidades mais jovens da América do Norte
• A água azul e a tranquilidade das praias (sem vendedores ambulantes!)
• A vida noturna… mais intensa, impossível. E vai até mais tarde!
• Programação esportiva: equipes da cidade costumam mandar bem nos principais campeonatos

Além de estudar, o que tem para fazer em Miami?

• Compras!
• Museus (da Ciência, Pérez Art, Vizcaya etc.)
• Galerias de arte na Lincoln Avenue ou nos distritos Art Deco e Wynwood Arts
• Curtir as noites em bares ou baladas de South Beach ou Little Havana